segunda-feira, 9 de novembro de 2009

"10 motivos para não ser católico"????

Bom, não tem como ser breve pois, os argumentos são diversos.

Acho que nesse post foi respondido todas as objeções feitas anteriormente a religião católica! Feita no seguinte link


http://igrejabbereia.blogspot.com/2009/10/10-motivos-biblicos-para-nao-ser.html


Espero ter respondido todas se não, responderei as que faltaram com maior prazer.

Os argumentos a seguir são bíblicos e históricos, assim como os argumentos utilizados pelos “10 motivos para não ser católico

Primeiramente a minha intenção não é atacar nenhuma religião, apesar de já ter sido feito o ataque contra nós católicos. A minha intenção é somente defender a minha religião com argumentos verdadeiramente bem fundamentados.

Então vamos lá:

A igreja de cristo não nasceu em roma, mas em jerusalém?

O catolicismo romano só nasceu em 325 d.c no concílio de nicéia?

Bom, abaixo está a descrição do concílio de nicéia e seus objetivos:

1 - Concílio de Nicéia I (325)

O primeiro Concílio Ecumênico foi o de Nicéia I, reunido de 26/05 a 25/07/325. Desde o Século II, os cristãos voltaram a sua atenção para as verdades da fé reveladas pelo Evangelho, procurando penetrar-lhes o sentido. Sem dúvida, uma das que mais se impunham a reflexão dos

fiéis, era a questão do relacionamento de Jesus Cristo com Deus Pai ou com o único Deus (revelado no Antigo Testamento): seria Jesus realmente Deus ou apenas criatura?

Após correntes que concebiam Jesus como inferior ao Pai, o presbítero Ario de Alexandria em 312 começou a ensinar que o Logos (ou o Filho) era, como criatura, subordinado ao Pai; daí os nomes de sua escola: arianismo ou subordinacionismo. O Imperador Constantino, que concedera a paz aos cristãos mediante o Edito de Milão em 313, quis contribuir para a solução da controvérsia teológica assim originada, convocando um Concílio universal para Nicéia (Ásia Menor) em 325. O Papa S. Silvestre, idoso como era, fez-se representar na assembléia, dando-lhe a autoridade legítima. Os padres conciliares, após acalorados debates.

1) definiram que o Filho de Deus é consubstancial

(homoousious) ao Pai - o que significa que não é criado, mas

compartilha a essência do Pai (ou a Divindade). Esta verdade foi

expressa no Símbolo de Nicéia;

2) fixaram a data de Páscoa, que seria celebrada no primeiro

domingo após a primeira lua cheia da Primavera;

3) estabeleceram a ordem de dignidade dos Patriarcados:

Roma, Alexandria, Antioquia, Jerusalém.

O Papa S. Silvestre confirmou as decisões do Concílio.

A Fundação da Igreja

"E eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; e eu te darei as chaves do reino dos Céus: e tudo o que desatares sobre a terra, será desatado também nos céus." (Mt. 16, 18)

Como isso é claro e positivo! Jesus Cristo muda o nome de Simão, em pedra (aramaico: Kephas, significa pedra e pedro, numa única palavra, como em francês Pierre é o nome de uma pessoa e o nome do minério pedra).

Deus fez diversas vezes tais mudanças, para que o nome exprimisse o papel especial que deve representar a pessoa. Assim mudou o nome de Abrão em Abraão (Gn 17, 5), para exprimir que devia ser o pai de muitos povos.

Mudou ainda o nome de Jacob em Israel (Gn 32, 28) para significar a "força contra Deus". Assim Jesus Cristo mudou o nome de Simão em Pedro, sobre a qual estará fundada a Igreja, sendo o seu construtor o próprio Cristo.

Em todo o trecho em que Nosso Senhor confirma S. Pedro como primeiro Papa, fica evidente que Ele se dirige, exclusivamente, a S. Pedro, sem um mínimo desvio: "Eu te digo... Tu és Pedro... Sobre esta pedra edificarei... Eu te darei... O que desatares..."

S. Pedro é a pessoa a quem tudo é dirigido ... é ele o centro de todo este texto.

Esse ponto é muito importante, pois a interpretação truncada dos nossos irmãos protestantes quer admitir o absurdo de que Nosso Senhor não sabia se exprimir corretamente. Eles dizem que Cristo queria dizer: "Simão, tu és pedra, mas não edificarei sobre ti a minha Igreja, por que não és pedra, senão sobre mim." Ora, é uma contradição, pois Nosso Senhor alterou o nome de Simão para "Kephas", deixando claro quem seria a "pedra" visível de Sua Igreja.

A primazia de S. Pedro comprovada nas Sagradas Escrituras e na Tradição

"Eu te darei as chaves do Reino dos Céus" [a S. Pedro] - (Mt. 16, 17-19) - Primazia de jurisdição sobre todos, pois é a ele que a sentença é dita.

O primado de S. Pedro sobre os outros fica claramente expresso quando ele: 1) preside e dirige a escolha de Matias para o lugar de Judas (At 1,1-25); 2) É o primeiro a anunciar o evangelho no dia de Pentecostes (At 2, 14); 3) Testemunha, diante do Sinédrio, a mensagem de Cristo (At 10, 1); 4) Acolhe na Igreja o primeiro Pagão (At 10,1); 5) Fala primeiro no Concílio dos Apóstolos, em Jerusalém, e decide sobre a questão da circuncisão: "Então toda a assembléia silenciou"(At 15, 7-12), etc.

Todos os sucessores dos apóstolos atestam o primado de Pedro e dos seus sucessores, como, por exemplo: 1) Tertuliano: "A Igreja foi construída sobre Pedro"; 2) S. Cipriano: "Sobre um só foi construída a Igreja: Pedro"; Santo Ambrósio: "Onde há Pedro, aí há a Igreja de Jesus Cristo".

S. Mateus enumerando os apóstolos, confirma o primado de S. Pedro: "O primeiro, Simão, que se chama Pedro"(Mt 10, 2).

No século I, o Bispo de Roma, Clemente, escrevendo aos Coríntios, para chamar à ordem os que injustamente tinham demitido os presbíteros, declara-lhes que serão réus de falta grave se não lhe obedecerem. O procedimento de Clemente de Roma tem maior importância, se considerarmos que nessa época ainda vivia o apóstolo S. João que não deixaria de intervir se o Bispo de Roma estivesse no mesmo plano dos outros bispos.

No princípio do sec. II, Santo Inácio escreve aos romanos que a Igreja de Roma preside a todas as demais.

S. Irineu diz ser a Igreja Romana a "máxima" e fundada pelos apóstolos Pedro e Paulo (Heres. 3. 3. 2). Traz mais a lista dos dirigentes da Igreja Romana desde S. Pedro ate o Papa reinante no tempo dele, que era S. Eleuterio. Ao todo eram só doze. Eis a lista de modo ascensional: Eleuterio; Sotero; Aniceto; Pio; Higino; Telesfor; Xisto; Alexandre; Evaristo; Clemente; Anacleto; Lino; Pedro. (veja que S. Irineu deve ter vivido no entre o ano 100 e 200 DC). S. Jerônimo escrevendo a S. Dâmaso, Papa, diz: "Eu me estreito a Vossa Santidade que equivale a Cátedra de Pedro. E esta a pedra sobre a qual Jesus Cristo fundou a sua Igreja. Seguro em vossa cátedra eu sigo a Jesus Cristo". Fala nisto direta ou indiretamente diversos santos e cristãos dos primeiros séculos, formando a mais universal das tradições, a mais firme convicção histórica. Só para citar alguns: S. Epifanio, Osório Pedro de Alexandria, Dionísio de Corinto, S. João Crisóstomo, Papias, etc.

Nosso Senhor: "Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu com instância para vos joeirar como trigo; mas eu roguei por ti, para que não desfaleça a tua fé; e tu, uma vez convertido, confirma os teus irmãos" (Luc. 22, 31-32). Ou seja, é S. Pedro que tem a missão, dada pelo próprio messias, de 'confirmar' seus irmãos. Essa missão supõe, evidentemente, o primado de jurisdição.

S. Pedro é nomeado pastor das ovelhas de Cristo. Após a Ressurreição, Nosso Senhor confia a Pedro a guarda de seu rebanho, isto é, confia-lhe o cuidado de toda a cristandade, dos cordeiros e das ovelhas: "Apascenta os meus cordeiros", repete-lhe duas vezes; e à terceira: "apascenta as minhas ovelhas" (Jo. 21, 15-17). Ora, conforme o uso corrente das línguas orientais, a palavra apascentar significa "governar". Apascentar os cordeiros e as ovelhas é, portanto, governar com autoridade soberana a Igreja de Cristo; é ser o chefe supremo; é ter o primado. Além do que a imagem de "pastor" designa, na Sagrada Escritura, o Messias e sua obra (cf. Mq 2,13; 4,6s; Sf 3,18s, Jr 23,3; 31,19; Is 30,11; 49,9s). Ora, confiando a S. Pedro a missão de pastor, Nosso Senhor o constituiu seu representante visível na Terra.

No catálogo dos apóstolos (Mt 10, 2-4; Mc 3, 16-19; Lc 6, 13-16; At 1, 13), S. Pedro sempre é colocado em primeiro lugar. Em Mt. 10, 2 lê-se explicitamente que Pedro é o primeiro ("Prótos"). Ora, "prótos" tanto quer dizer o primeiro numericamente como o primeiro em dignidade e honra (v. Mt 20, 27; Mc 12, 28,31; At 13, 50; 28,17).

Em Mt. 17, 24-27, curiosamente, Nosso Senhor mandou pagar o tributo ao templo em nome Dele e de S. Pedro, demonstrando a importância daquele que seria o seu representante visível. Ele não manda que se pague em nome dos outros apóstolos, apenas de S. Pedro.

S. Pedro esteve em Roma, foi o primeiro Bispo de Roma e foi martirizado em Roma

A estadia de S. Pedro em Roma é incontestável historicamente. Sobre ela atestam Orígenes (ano 254), Clemente de Alexandria (215), Tertuliano (222), S. Irineu (202), Dionísio (171). Do século primeiro, convém destacar S. Inácio (107) e Clemente Romano (101). Esses historiadores e testemunhas são reconhecidos, pela crítica moderna, como autoridades dignas de fé.

Existe uma série ininterrupta de testemunhos do Século III até aos apóstolos e isso sem uma voz discorde.

Em Cartago e em Corinto, em Alexandria e Roma, na Gália como na África, no Oriente como no Ocidente, a viagem de S. Pedro a Roma é afirmada unanimemente, como fato sobre o qual não pairou nunca a mínima dúvida.

Orígenes (+ 254) diz: "S. Pedro, ao ser martirizado em Roma, pediu e obteve fosse crucificado de cabeça para baixo" (Com. in Genes., t. 3).

Clemente de Alexandria ( + 215) diz: "Marcos escreveu o seu Evangelho a pedido dos Romanos que oviram a pregação de Pedro" (Hist. Ecl. VI, 14).

Tertuliano (+ c. 222), por sua vez, diz: "Nero foi o primeiro a banhar no sangue o berço da fé. Pedro então, segundo a promessa de Cristo, foi por outrem cingido quando o suspenderam na Cruz" (Scorp. c. 15).

No século II abundam igualmente provas.

Santo Irineu (+ 202) escreve na sua grande obra "contra as heresias": "Mateus, achando-se entre os hebreus, escreveu o Evangelho na língua deles, enquanto Pedro e Paulo evangelizavam em Roma e aí fundavam a Igreja" (L. 3, c. 1, n. 1, v. 4).

Dionísio (+ 171) escreve ao papa Sotero: "S. Pedro e S. Paulo foram à Itália, onde doutrinaram e sofreram o martírio no mesmo tempo" (Evas. Hist. Eccl. II 25).

Do século I convém destacar:

Santo Inácio (+ 107), Bispo de Antioquia, que conviveu longos anos com os apóstolos. Condenado por Trajano, fez viagem para Roma, onde foi supliciado, tendo escrito antes uma carta aos Romanos onde diz: "Tudo isso eu não vos ordeno como Pedro e Paulo; eles eram apóstolos, e eu sou um condenado" (ad Rom., c IV).

Clemente Romano (+101), 3o sucessor de S. Pedro, conheceu-o pessoalmente em Roma. É, por isso, autoridade de valor excepcional. Eis o que escreve: "Ponhamos diante dos olhos os bons apóstolos Pedro e Paulo. Pedro que, pelo ódio iníquo, sofreu; e depois do martírio, foi-se para a mansão da glória. A estes santos varões, que ensinavam a santidade, associou-se grande multidão de eleitos, que, supliciados pelo ódio, foram entre nós de ótimo exemplo".

Note que só estão citados autores do início do cristianismo, para que não fique dúvida acerca da idoneidade dos testemunhos, que poderiam ser objeto de dúvida dos protestantes... É bom revelar que nenhum protestante imparcial teve a ousadia de contestar esses historiadores.

É, portanto, um fato certo que S. Pedro esteve em Roma e foi ali martirizado sob o reinado de Nero. Nenhum historiador, até os protestantes, isto é, durante 1500 anos, o contesta; ao contrário: para todos eles é um fato notório e público.

Vamos agora provar que S. Pedro foi o primeiro Bispo de Roma:

Poderíamos citar muitas longas passagens de S. Irineu, Caio, S. Cipriano, S. Agostinho, S. Optato, S. Jerônimo, Sulpício Severo, que atestam "unânimes" o episcopado romano do príncipe dos apóstolos. Limitemo-nos a umas curtas citações:

Caio: falando de S. Vitor, Papa, diz: "Desde Pedro ele foi o décimo terceiro Bispo de Roma"(ad Euseb. 128)

S. Jerônimo: "Simão Pedro foi a Roma e aí ocupou a cátedra sacerdotal durante 25 anos" (De Viris Ill. 1, 1).

S. Agostinho: "S. Lino sucedeu a S. Pedro" (Epist. 53)

Sulpício Severo, falando do tempo de Nero, diz: "Neste tempo, Pedro exercia em Roma a função de Bispo" (His. Sacr., n. 28)

S. Ireneu: "Os apóstolos Pedro e Paulo fundaram a Igreja, e o primeiro remeteu o episcopado a Lino, a quem sucedeu Anacleto e depois Clemente".

Convém notar ainda que todos os catálogos dos Bispos de Roma, organizados segundo os documentos primitivos, pelos antigos escritores, colocam invariavelmente o nome de Pedro à frente de todos.

A Sucessão Apostólica

Agora veremos como o Papa é sucessor direto de S. Pedro, primeiro Bispo de Roma:

Primeiramente, deveriam provar que o Papa não é sucessor de S. Pedro, todavia, como não tem nenhum texto histórico ou religioso que prove, pedem uma prova dos católicos. Só negam, nada podem afirmar.

Vamos analisar as Sagradas Escrituras. Lá existe não só a investidura de S. Pedro como chefe visível da Igreja, mas a investidura perpétua dos apóstolos, para serem os "enviados" de Cristo (Mt. 28, 18 - 20): "É me dado todo o poder no céu e na terra; ide pois e ensinai a todos os povos e eis que estou convosco todos os dias até a consumação do mundo".

Que quer dizer isso?

1 - Cristo tem todo poder, é a primeira parte

2 - Cristo transmite este poder, é a segunda parte (Lembremo-nos, no mesmo sentido, da frase: "tudo que ligares na terra será ligado no céu e tudo o que desligares na terra será desligado no céu")

3 - A quem Ele transmite? Aos apóstolos.

4 - Até quando? Até a consumação do mundo

Ora, Cristo transmitiu este poder unicamente aos apóstolos presentes? Não pode ser, pois os apóstolos deviam morrer um dia, como todos os homens morrem. Ele diz: "estarei convosco até à consumação do mundo".

Se Ele promete estar com os apóstolos até o fim do mundo, é claro que ele não está se dirigindo aos apóstolos como pessoas físicas, mas como um "corpo moral", que deve perpetuar-se nos seus sucessores, e hão de durar atá o fim dos tempos.

Eis uma prova evidente que o bispo de Roma, que é o Papa, é o sucessor de S. Pedro e de sua "jurisdição".

A sucessão também é observada nos primeiros cristãos, que nomeavam diáconos e bispos, transmitindo-lhes as obrigações de seus antecessores.

Jesus Cristo, fundando uma sociedade religiosa visível, que devia durar até ao fim do mundo, devia necessariamente nomear um chefe, com sucessão, para perpetuar a mesma autoridade: "Quem vos escuta, escuta a mim" (Mt 28, 18). Se assim não fosse, Nosso Senhor não teria podido dizer: "Eis que estou convosco todos os dias até o fim do mundo"; devia ter dito que estaria apenas com S. Pedro até o fim de sua vida. Dessa forma, cumpre-se o que manda a Bíblia: "Um só senhor, uma só fé, um só batismo" (Ef. 4, 5)

A lista dos primeiros Papas da Igreja

S. Pedro, 42 - 67

S. Lino, 67 - 78

S. Cleto, 78 - 91

S. Clemente, 91 - 100

Santo Evaristo, 100 - 109

Santo Alexandre I, 109 - 119

S. Sixto I, 119- 128

S. Telésforo, 128 - 139

Santo Higino, 139 - 142

S. Pio I, 142 - 150

Santo Aniceto, 150 - 162

S. soter, 162 - 170

Santo Eleutério, 170 - 186

S. Vitor, 186 - 197

S. Zefirino, 197 - 217

S. Calisto I, 217 - 222

Santo Urbano I, 222 - 230

S. Ponciano, 230 - 235

Santo Antero, 235 - 236

S. Fabiano, 236 - 251

S. Cornélio, 251 - 252

S. Lúcio I, 252 - 254

Santo Estêvão I, 254 - 257

S. Sixto II, 257 - 259

S. Dionísio, 259 - 269

S. Félix, 269 - 275

Santo Eutiquiano, 275 - 283

S. Caio, 283 - 295

S. Marcelino, 295 - 304

S. Marcelo, 304 - 310

Santo Eusébio, 310 - 311

S. Melcíades, 311 - 313

S. Silvestre I, 313 - 336

S. Silvestre batizou o imperador Constantino Magno.

A história da igreja e acima de tudo a bíblia nos ensina que só devemos aceitar 66 livros da escritura como inspirado por Deus e não 73 ?????

A bíblia protestante tem apenas 66 livros porque Lutero e, principalmente os seus seguidores, rejeitaram os livros de Tobias, Judite, Sabedoria, Baruc, Eclesiástico (ou Sirácida), 1 e 2 Macabeus, além de Ester 10,4-16; Daniel 3,24-20; 13-14.

A razão disso vem de longe.

No ano 100 da era cristã os rabinos judeus se reuniram no Sínodo de Jâmnia (ou Jabnes), no sul da Palestina, a fim de definirem a Bíblia Judaica. Isto porque nesta época começava a surgir o Novo Testamento com os Evangelhos e as cartas dos Apóstolos, que os Judeus não aceitaram.Nesse Sínodo os rabinos definiram como critérios para aceitar que um livro fizesse parte da Bíblia, o seguinte:

(1) deveria ter sido escrito na Terra Santa;

(2) escrito somente em hebraico, nem aramaico e nem grego;

(3) escrito antes de Esdras (455-428 a.C.);

(4) sem contradição com a Torá ou lei de Moisés.

Esses critérios eram nacionalistas, mais do que religiosos, fruto do retorno do exílio da Babilônia. Por esses critérios não foram aceitos na Bíblia judaica da Palestina os livros que hoje não constam na Bíblia protestante, citados antes.

Acontece que em Alexandria no Egito, cerca de 200 anos antes de Cristo, já havia uma forte colônia de judeus, vivendo em terra estrangeira e falando o grego. Os judeus de Alexandria, através de 70 sábios judeus, traduziram os livros sagrados hebraicos para o grego, entre os anos 250 e 100 a.C, antes do Sínodo de Jâmnia (100 d.C). Surgiu assim a versão grega chamada Alexandrina ou dos Setenta. E essa versão dos Setenta, incluiu os livros que os judeus de Jâmnia, por critérios nacionalistas, rejeitaram.

Havia então no início do Cristianismo duas Bíblias judaicas: uma da Palestina (restrita) e a Alexandrina (completa – Versão dos LXX). Os Apóstolos e Evangelistas optaram pela Bíblia completa dos Setenta (Alexandrina), considerando canônicos os livros rejeitados
em Jâmnia. Ao escreverem o Novo Testamento usaram o Antigo Testamento, na forma da tradução grega de Alexandria, mesmo quando esta era diferente do texto hebraico.

O texto grego “dos Setenta” tornou-se comum entre os cristãos; e portanto, o cânon completo, incluindo os sete livros e os fragmentos de Ester e Daniel, passou para o uso dos cristãos.

Das 350 citações do Antigo Testamento que há no Novo, 300 são tiradas da Versão dos Setenta, o que mostra o uso da Bíblia completa pelos apóstolos. Verificamos também que nos livros do Novo Testamento há citações dos livros que os judeus nacionalistas da Palestina rejeitaram. Por exemplo:

Rom 1,12-32 se refere a Sb 13,1-9;

Rom 13,1 a Sb 6,3;

Mt 27,43 a Sb 2, 13.18;

Tg 1,19 a Eclo 5,11;

Mt 11,29s a Eclo 51,23-30;

Hb 11,34 a 2 Mac 6,18; 7,42;

Ap 8,2 a Tb 12,15.

Nos séculos II a IV houve dúvidas na Igreja sobre os sete livros por causa da dificuldade do diálogo com os judeus. Finalmente a Igreja, ficou com a Bíblia completa da Versão dos Setenta, incluindo os sete livros.

Por outro lado, é importante saber também que muitos outros livros que todos os cristãos têm como canônicos, não são citados nem mesmo implicitamente no Novo Testamento. Por exemplo: Eclesiastes, Ester, Cântico dos Cânticos, Esdras, Neemias, Abdias, Naum, Rute.

Outro fato importantíssimo é que nos mais antigos escritos dos santos Padres da Igreja (Patrística) os livros rejeitados pelos protestantes (deutero-canônicos) são citados como Sagrada Escritura. Assim, São Clemente de Roma, o quarto Papa da Igreja, no ano de 95 escreveu a Carta aos Coríntios, citando Judite, Sabedoria, fragmentos de Daniel, Tobias e Eclesiástico; livros rejeitados pelos protestantes.

Ora, será que o Papa S. Clemente se enganou, e com ele a Igreja? É claro que não. Da mesma forma, o conhecido Pastor de Hermas, no ano 140, faz amplo uso de Eclesiástico, e do 2 Macabeus; Santo Hipólito (†234), comenta o Livro de Daniel com os fragmentos deuterocanônicos rejeitados pelos protestantes, e cita como Sagrada Escritura Sabedoria, Baruc, Tobias, 1 e 2 Macabeus.

Fica assim, muito claro, que a Sagrada Tradição da Igreja e o Sagrado Magistério sempre confirmaram os livros deuterocanônicos como inspirados pelo Espírito Santo.

Vários Concílios confirmaram isto: os Concílios regionais de Hipona (ano 393); Cartago II (397), Cartago IV (419), Trulos (692). Principalmente os Concílios ecumênicos de Florença (1442), Trento (1546) e Vaticano I (1870) confirmaram a escolha.

No século XVI, Martinho Lutero (1483-1546) para contestar a Igreja, e para facilitar a defesa das suas teses, adotou o cânon da Palestina e deixou de lado os sete livros conhecidos, com os fragmentos de Esdras e Daniel.

Sabemos que é o Espírito Santo quem guia a Igreja e fez com que na hesitação dos séculos II a IV a Igreja optasse pela Bíblia completa, a versão dos Setenta de Alexandria, o que vale até hoje para nós católicos.

Lutero, ao traduzir a Bíblia para o alemão, traduziu também os sete livros (deuterocanônicos) na sua edição de 1534, e as Sociedades Biblícas protestantes, até o século XIX incluíam os sete livros nas edições da Bíblia.

Neste fato fundamental para a vida da Igreja (a Bíblia completa) vemos a importância da Tradição da Igreja, que nos legou a Bíblia como a temos hoje. Disse o último Concílio: “Pela Tradição torna-se conhecido à Igreja o Cânon completo dos livros sagrados e as próprias Sagradas Escrituras são nelas cada vez mais profundamente compreendidas e se fazem sem cessar, atuantes. Assim o Deus que outrora falou, mantém um permanente diálogo com a Esposa de seu dileto Filho, e o Espírito Santo, pelo qual a voz viva do Evangelho ressoa na Igreja e através da Igreja no mundo, leva os fiéis à verdade toda e faz habitar neles copiosamente a Palavra de Cristo” (DV,8).

Por fim, é preciso compreender que a Bíblia não define, ela mesma, o seu catálogo; isto é, não há um livro da Bíblia que diga qual é o Índice dela. Assim, este só pôde ter sido feito pela Tradição Apostólica oral que de geração em geração chegou até nós.

Se negarmos o valor indispensável da Tradição, negaremos a autenticidade da própria Bíblia.

Seguir o Catolicismo é praticar espiritismo, que é condenado por Deus

A idolatria é um grande pecado diante de Deus.

Diferença entre Imagem e Ídolo

Imagem não é o mesmo que ídolo. Chama-se ídolo: uma imagem falsa, um simulacro a que se atribui vida própria, conforme explica o profeta Habacuc (2, 18). Eis o que claramente indica Habacuc, dizendo: "Ai daquele que diz ao pau: Acorda, e a pedra muda: Desperta" (Hc 2, 19)

A Bíblia reza no livro de Josué: "Josué prostrou-se com o rosto em terra diante da arca do Senhor, e assim permaneceu até à tarde, imitando-o todos anciãos de Israel" (Jos 7, 6).

Terão sido idólatras Josué e os anciãos de Israel?

Foi Deus ainda que ordenou a Moisés levantar uma "serpente" de metal (Nm 21, 8) e todos os que olhassem para ela seriam curados. Ora, que "olhar" é esse que confere uma cura milagrosa diante de uma estátua de metal?

Temos as provas de como esse culto era já uma pré-figura do culto à Deus nas palavras de S. João, que diz que tal "serpente" era o símbolo do Cristo crucificado: "Bem como ergueu Moisés a serpente no deserto, assim cumpre que seja levantado o Filho do Homem" (Jo 3, 14).

Por acaso caíram também Moisés e S. João, e até o Espírito Santo (autor da Sagrada Escritura) em crime de idolatria? É claro que não.

A idolatria consistiria em achar que a divindade está em uma estátua, por exemplo. Ou seja, teríamos que colocar alimentos para as imagens, como faziam os romanos, os egípcios e os demais povos idólatras. Teríamos que achar que Deus e o santo são a mesma pessoa. No fundo, seria dizer que S. Benedito não é e nem foi S. Benedito, mas foi Deus, etc.

Nunca se ouviu algum católico defendendo que o Santo era Deus! Mesmo porque isso seria cair em um panteísmo (defendido por Calvino e Lutero em algumas de suas obras). Para se dizer que os católicos adoram os santos, eles teriam que dizer que S. Benedito, por exemplo, não é S. Benedito, mas Deus.

E, ainda mais difícil, os católicos teriam que afirmar que S. Benedito é a estátua, uma espécie de amuleto mágico...

Nenhum católico acredita que o santo seja Deus ou que ele seja a madeira da estátua (como uma divindade). Logo, não há idolatria possível, visto que esta consiste em adorar um falso deus.

Alguns argumentam que só é possível fazer imagens quando Deus expressamente permite. Pergunta-se: onde está essa norma na Bíblia? É uma contradição dos protestantes, pois tudo para eles está na Bíblia, todavia, para condenar os católicos, não é necessária a Bíblia...

Deus proíbe a idolatria e não o uso de imagens

O mesmo Deus, no mesmo livro do Êxodo em que proíbe que sejam feitas imagens, manda Moisés fazer dois querubins de ouro e colocá-los por cima da Arca da Aliança (Ex 25, 18-20). Manda-lhe, também, fazer uma serpente de bronze e colocá-la por cima duma haste, para curar os mordidos pelas serpentes venenosas (Num 21, 8-9). Manda, ainda, a Salomão enfeitar o templo de Jerusalém com imanges de querubins, palmas, flores, bois e leões (I Reis 6, 23-35 e 7, 29).

Ora, se Deus manda fazer imagens em várias passagens das Sagradas Escrituras (Ex 25, 17-22; 1Rs 6, 23-28; 1 Rs 6, 29s; Nm 21, 4-9; 1Rs 7, 23-26; 1 Rs 7, 28s; etc) e proíbe que se façam imagens em outra, de duas uma, ou Deus é contraditório ou fazer imagens não é idolatria!

Portanto, fica claro que o erro não está nas imagens, mas no tipo de culto que se presta à elas.

Os Judeus, saindo da dominação egípcia, um povo idólatra, tinham muita tendência à idolatria. Basta ver o que aconteceu quando Moisés desceu do Monte Sinai com as Tábuas da Lei e encontrou o povo adorando o "Bezerro de Ouro" como se ele fosse uma divindade, um amuleto. É claro, como permitir que um povo tendente à idolatria fosse fazer imagens.

Nas imagens católicas se representam os santos, que são pessoas que possuem virtudes que os tornam "semelhantes" a Deus, como afirmou S. Paulo: "já não sou eu quem vivo, mas é Cristo que vive em mim".

Nas catacumbas encontram-se, em toda parte, imagens e estátuas da Virgem Maria; prova de que tal culto existia no tempo dos apóstolos e foi por eles praticado, ensinado e transmitido à posteridade. Uma das imagens de Nossa Senhora, segundo a tradição, foi pintada pelo próprio S. Lucas e está na catedral de Loreto, exposto à veneração dos fiéis.

As imagens católicas representam pessoas virtuosas. Virtude essa que provém da graça de Deus. O mesmo não se dava na idolatria, pois os povos idólatras representavam as virtudes e os vícios em seus ídolos.

O Concílio de Trento formalmente legitimou o uso das imagens: As imagens de Jesus Cristo, da Mãe de Deus, e dos outros santos, podem ser adquiridas e conservadas, sobretudo nas Igrejas, e se lhes pode prestar honra e veneração; não porque há nelas qualquer virtude ou qualquer coisa de divino, ou para delas alcançar qualquer auxílio, ou porque se tenha nelas confiança, como os pagãos de outrora, que colocavam a sua esperança nos ídolos, mas, sim, porque o culto que lhes é prestado dirige-se ao original que representam, de modo que nas imanges que possuímos, diante das quais nos descobrimos ou inclinamos a cabeça, nós adoramos Cristo, e veneramos os santos que elas representam (Sess XXV).

O Concílio de Nicéia, o primeiro celebrado na Igreja, no ano de 325, sob o Papa S. Silvestre I e o imperador Constantino, defende o culto das imagens contra os iconoclastas, com um vigor admirável.

Lê-se nos atos deste concílio: Nós recebemos o culto das imagens, e ferimos de anátema os que procedem de modo contrário. Anátema a todo aquele que aplica às santas imagens os textos da escritura contra os ídolos. Anátema a todo aquele que as chama ídolos. Anátema àqueles que ousam dizer que a Igreja presta culto a ídolos.

Diferença de culto (latria, dulia e hiperdulia)

Alguns protestantes confundem o culto que os católicos tributam aos santos com o culto que se deve a Deus. Para introduzir o assunto da intercessão dos santos é necessário esclarecer a diferença que existe entre os cultos de "dulia", "hiperdulia" e "latria".

Em grego, o termo "douleuo" significa "honrar" e não "adorar".

No sentido verbal, adorar (ad orare) significa simplesmente orar ou reverenciar a alguém.

A Sagrada Escritura usa o termo "adorar" em várias acepções, tanto no sentido de douleuo como de latreuo, como demonstrarei através da "Vulgata", Bíblia católica original e escrita em latim.

"Tu adorarás o teu Deus" (Mt 4, 10)

"Abraão, levantando os olhos, viu três varões em pé, junto a ele. Tanto que ele os viu, correu da porta da tenda a recebê-los e prostrando em terra os adorou" (Gn. 18,2).

Eis os dois sentidos bem indicados pela própria Bíblia: adoração suprema, devida só a Deus; adoração de reverência, devida a outras pessoas.

A Igreja católica, no seu ensino teológico, determina tudo isso com uma exatidão matemática.

A adoração, do lado de seu objeto, divide-se em três classes de culto:

1. culto de latria (grego: "latreuo") quer dizer adorar - É o culto reservado a Deus

2. culto de dulia (grego: "douleuo") quer dizer honrar.

3. culto de hiperdulia (grego: hyper, acima de; douleuo, honra) ou acima do culto de honra, sem atingir o culto de adoração.

A latria é o culto que se deve somente a Deus e consiste em reconhecer nele a divindade, prestando uma homenagem absoluta e suprema, como criador e redentor dos homens. Ou seja, reconhecer que ele é o Senhor de todas as coisas e criador de todos nós, etc.

O culto de dulia é especial aos santos, como sendo amigos de Deus.

O culto de hiperdulia é o culto especial devido a Maria Santíssima, como Mãe de Deus.

Alguns protestantes protestam dizendo que toda a "inclinação", "genuflexão", etc, é um ato eminentemente de "adoração", só devido à Deus.

Já demonstramos, com o trecho do Gênesis, que isso não procede. Todavia, para deixar mais claro o problema, devemos recordar que o culto de "latria" (ou de "dulia") é um ato interno da alma. A adoração é, eminentemente, um ato interior do homem, que pode se manifestar de formas variadas, conforme as circunstâncias e as disposições de alma de cada um.

Os atos exteriores - como genuflexão, inclinação, etc -, são classificados tendo em vista o "objeto" a que se destinam. Se é aos santos que se presta a inclinação, é claro que se trata de um culto de dulia. Se é a Deus, o culto é de latria.

Aliás, a inclinação pode ser até um ato de agressão, como no caso dos soldados de Pilatos que, zombando de Nosso Senhor, "lhe cuspiram no rosto e, prostrando-se de joelhos, o adoraram" (Mc 15, 19). A objeção protestante, dessa forma, cai por terra. Ou eles teriam que afirmar que havia uma "adoração" por parte dos soldados de Pilatos, o que é absurdo! Eles simulavam uma adoração (ou veneração ao "Rei dos Judeus), através de atos exteriores, mas seu desejo era de zombaria.

A mediação dos santos

"Orai uns pelos outros, para serdes salvos, porque a oração do justo, sendo fervorosa, pode muito"(Tgo 5, 16)

Orar quer dizer prestar homenagem, louvar, exaltar, suplicar, embora nem toda homenagem seja uma oração, como já vimos.

"Tomai sete touros... e ide a meu servo Job... o meu servo Job... orará por vós e admitirei propício a sua face" (Job 42, 8). Neste trecho, Deus não apenas permite, mas ordena "ide", e promete escutar a prece que Jó há de fazer em favor dos seus amigos.

Nosso Senhor nos manda "Orar uns pelos outros" (MT 5, 44). S. Tiago nos ordena de "orar uns pelos outros" (Tgo. 5, 16). S. Paulo diz que "ora pelos colossenses" (Col. 1, 3).

No evangelho de S. Mateus (22, 30), Jesus Cristo ensina que os "santos são como os anjos de Deus no céu". Zacarias diz: "que o anjo intercedeu por Jerusalém ao Senhor dos exércitos" (1, 12 -13).

Os justos, os santos e os anjos do Céu se interessam pelos homens, intercedem pelos homens, e devem ser invocados e louvados.

O arcanjo Rafael diz a Tobias: "Quando rezavas com lágrimas, e sepultavas os mortos, eu oferecia tua oração a Deus" (Tob. 7, 12) (Os protestantes tiraram esse livro).

S. Paulo, na mesma carta em que declara Jesus como único mediador entre Deus e os homens, indica também mediadores 'secundários' (I Tm 2, 1-5): "Recomenda que façam preces, orações, súplicas e ações de graças por todos os homens..." Pois, fazer orações por outros, é de fato, ser intercessor e mediador entre Deus e os outros.

A própria Bíblia aplica o título de mediador também a Moisés (Dt 5, 5): "Eu fui naquele tempo intérprete e mediador entre o Senhor e vós".

Quando a Sagrada Escritura diz que Nosso Senhor é o único caminho entre os homens e Deus, não quer dizer que entre os homens e Nosso Senhor não possa haver intercessores. É claro, só Nosso Senhor é o intercessor entre nós e Deus Pai, mas não significa que entre nós e Ele não existam pessoas que O conheceram, amaram e serviram de forma exemplar.

É por isso que a doutrina católica chama Nossa Senhora de "Mediatrix ad Christum mediatorem", isto é, "Medianeira junto a Cristo mediador". Deste modo, Cristo fica como único mediador entre Deus e os homens; e a Virgem Maria fica uma "medianeira junto a Cristo".

O poder de interceder está expresso em diversas passagens das Sagradas Escrituras, como nas Bodas de Caná, onde Nosso Senhor não queria fazer o milagre, pois "ainda não havia chegado Sua hora" e "o que temos nós a ver com isso (com a falta de vinho)?". Bastou Nossa Senhora pedir para que seu Filho fizesse o milagre, que Ele adiantou sua hora para atender à intercessão de sua Mãe Santíssima. Que tamanho poder de intercessão têm Nossa Senhora! Fazer com que Deus, por assim dizer, mudasse seus planos? É tal o poder de Nossa Senhora que a doutrina católica a chama de onipotência suplicante, ou seja, Aquela que tem, por meio da súplica a seu Filho, o poder onipotente!

Existem diversas passagens da Sagrada Escritura em que Deus só atende por meio da intercessão dos santos, como no caso de Jó (já visto), em que Deus expressamente mandou que o fiel pedisse através de seu servo Jó. Ou mesmo o caso do discípulo de Santo Elias, que só fazia milagres quando pedia através do Deus de Elias.

Ora, é natural que Deus atenda àqueles que estão mais perto dele do que àqueles que estão mais distantes. Quanto maior a virtude de uma pessoa, tanto mais perto de Deus ela está e tanto mais pode interceder por nós.

Portanto, fica comprovado que é útil a intercessão dos santos junto à Nosso Senhor Jesus Cristo, único mediador entre os homens e Deus-Pai.

Os Santos não dormem após a morte, pois "Deus é Deus dos vivos" e não dos adormecidos

Eis algumas passagens que demonstram a falsidade do argumento daqueles que defendem a tese de que os homens estão "dormindo" após a morte. 1) Na transfiguração do Tabor, Nosso Senhor aparece ao lado de Elias e de Moisés. Elias está no Paraíso terrestre (ele não morreu e deve voltar no fim do mundo) e Moisés já estava morto (Lc 9, 28 ss). Ora, como alguém que esteja dormindo pode aparecer "acordado" ao lado de Nosso Senhor?, 2) Na parábola do "rico avarento", este pedia, após sua morte, para voltar à terra e avisar os seus amigos (Lc 16, 19 e ss). Pergunta-se, como um ser que dormia podia pedir para 'interceder' pelos seus?. 3) Veja essa outra citação: "santos são como os anjos de Deus no céu" (S. Mateus 22, 30). Será que os anjos também estão dormindo? E o nosso anjo da guarda? E os anjos que governam os astros?

Ora, é muita contradição defender que os santos estão dormindo, mesmo porque, Deus, voltando-se ao bom ladrão, disse: "Em verdade, em verdade vos digo, ainda hoje estarás comigo no paraíso". Ora, ele não disse que após adormecer e após a ressurreição dos corpos S. Dimas estaria no paraíso. Ele estava 'no tempo', vivo, quando disse essas palavras, indicando a morte próxima de S. Dimas e a entrada deste primeiro santo canonizado da Igreja.

Em outro trecho, quando discutia com os saudoceus: "Quanto à ressurreição dos mortos, não lestes o que Deus nos declarou? Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó? Ora, ele não é Deus de mortos, mas de vivos" (Mateus 22, 31-33). Logo, Abraão, Isaac e Jacob estão vivos e não "adormecidos".

No Novo Testamento é nítida a afirmação de que, após a morte, os justos gozam de vida consciente e bem-aventurança. Assim, S. Paulo desejava morrer para estar com Cristo - o que lhe parecei melhor do que ficar na vida presente: "Para mim, viver é Cristo, e morrer é lucro... Sinto-me num dilema: meu desejo é partir e estar com Cristo, pois isto me é muito melhor...."(Fl 1, 21, 23) - Se é para estar com Cristo, ou Nosso Senhor está dormindo, ou os santos não estão dormindo após a morte.

Mais: em Ap. 6, 9s, os mártires, junto ao altar de Deus nos céus, clamam em alta voz: "Até quando, ó Senhor Santo e verdadeiro, tardarás a fazer justiça, vingando nosso sangue contra os habitantes da terra?" Como se vê, os justos estão conscientes após a morte!

A palavra "dormir" é utilizada em sentido figurado, como eufemismo, significando aqueles que morreram. Em outro trecho, a palavra 'despertar' significa 'ressuscitar'. Quando Nosso Senhor fala, por exemplo: "Pelos frutos conhecereis a árvore". A qual árvore Ele está se referindo? É claro que é uma expressão em sentido figurado. Ele está dizendo que pelos "frutos" (boas obras) conhecereis a "árvore" (quem, de fato, é a pessoa, a instituição etc).

A intercessão dos Santos Após a Morte

Alguns exemplos de intercessão após a morte:

Jeremias: "E o Senhor disse-me: ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim, a minha alma não se inclinaria para este povo; tira-os da minha face e retirem-se" (Jer 15, 1 ss). No tempo de Jeremias, estavam mortos Moisés e Samuel, mas sua possível intercessão é confirmada pelas palavras do próprio Deus: "ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim...", quer dizer que eles poderiam se colocar diante de Deus para pedir clemência para com aquele povo. Em outras palavras, Deus deixa clara a possibilidade da intercessão após a morte.

Os "santos são como os anjos de Deus no céu" (S. Mateus 22, 30). Zacarias diz: "que o anjo intercedeu por Jerusalém ao Senhor dos exércitos" (1, 12 -13).

Em II Mac 15, 12-15 lemos: "Parecia-lhe (a Judas Macabeu) que Onias, sumo sacerdote (já falecido!)... orava de mãos estendidas por todo o povo judeu... Onias apontando para ele, disse: 'Este é amigo de seus irmãos e do povo de Israel; é Jeremias (falecido), profeta de Deus, que ora muito pelo povo e por toda a cidade santa".

No Apocalipse (6, 9s), os mártires, junto ao altar de Deus nos céus, clamam em alta voz: "Até quando, ó Senhor Santo e verdadeiro, tardarás a fazer justiça, vingando nosso sangue contra os habitantes da terra?"

Todos estes trechos demonstram, inequivocamente, a intercessão dos santos após a morte.

As Relíquias dos Santos e o Incenso

Era comum, já nas catacumbas, a reprodução de imagens e a guarda das relíquias dos santos. Qualquer um que visitar Roma verá as catacumbas com pinturas, inclusive da Mãe de Deus. S. Lucas, um dos evangelistas, pintou imagens de Nossa Senhora (fala-se em três pinturas). Uma das quais está exposta à veneração dos fiéis na igreja de Loreto, Itália.

O incenso era utilizado como ritual desde o Antigo Testamento. Os capítulos 25 a 31 do Êxodo são a enumeração de todos os objetos que Deus manda fazer e reservar para o seu culto.

E não somente Deus manda separar estes objetos, mas exige que sejam "consagrados, bentos ou ungidos" com uma unção especial.

Ele mesmo manda fazer o azeite da santa unção e diz: "E com ele ungirás a tenda da reunião e a arca do testamento, e a mesa com todos os seus vasos, o altar do incenso e a pia com a sua base" (Ex 30, 26-30)

Eis a origem da benção dos objetos e das pessoas consagradas a Deus. E na categoria de objetos entram as imagens, as estátuas, que são objetos de culto, enquanto nos lembram as virtudes dos santos que representam.

Sobre relíquias, devemos explicar o seu significado.

Relíquia é aquilo que resta dos corpos dos santos, ou os objetos que estiveram em contato com Cristo ou com os santos. As relíquias são veneráveis porque os corpos dos santos foram templos e instrumentos do Espírito Santo e ressuscitarão um dia na glória (Conc. de Tr. 25).

O culto das relíquias é inato no homem: gostamos de conservar como recordação os objetos que pertenceram aos homens ilustres, as armaduras dos grandes guerreiros, por exemplo. O mesmo Deus honra as relíquias, porque se serve delas para operar milagres. Muitos corpos de santos permanecem incorruptos, exalando bom odor etc.

Já os hebreus conservavam religiosamente as relíquias: Moisés levou do Egito o corpo de José (Ex. 13, 19); os cristãos imitaram-lhe o exemplo. Santo Inácio de Antioquia foi lançado no anfiteatro de Roma às feras, que lhe não deixaram senão ossos; os seus discípulos procuraram-nos de noite e levaram-nos para Antioquia (no ano 107). O mesmo se fez a S. Policarpo, bispo de Esmirna (166), queimado vivo; os seus restos foram considerados jóias preciosas. Os túmulos dos mártires foram, desde a mais alta antigüidade, os sítios onde se construíram Igrejas e altares para aí celebrar o Santo Sacrifício. Muitas relíquias se guardam em relicários de prata, como a Cruz de Cristo ("lignum crucis") e o presépio de Belém.

Santo Agostinho conta uma multidão de curas e a ressurreição de duas crianças obtidas na África do Norte pelas relíquias de S. Estevão. Já no Antigo Testamento vemos um morto ressuscitar ao contato dos ossos do profeta Eliseu (4 Reis, 13, 21).

Nada de estranho há nisso, pois ao simples tocar da veste do Messias, quantos não foram curados (Mt 9, 22)? A simples passagem da sombra de S. Pedro curava doentes (At 5, 15), ou os lenços e aventais de S. Paulo (At 19, 12). É evidente que o milagre não é produzido materialmente pelas relíquias, mas pela vontade de Deus. Não há, pois, superstição alguma nas peregrinações do povo cristãos a certos lugares em que Deus obra milagres pelas relíquias ou imagens dos santos (S. Agostinho)

O batismo é uma confirmação de fé e não um meio de Salvação.

A igreja católica ensina que o batismo infantil deve ser realizado como meio de salvação. Acredita-se que se a criança morrer sem se batizar, irá para o limbo e ficará numa sombra eterna sendo considerada pagã.?????

Eis um trecho extraído do catecismo da igreja católica sobre as crianças não batizadas:

1261 – Quanto às crianças mortas sem Batismo, a Igreja só pode confiá-las à misericórdia de Deus, como faz no rito das exéquias por elas. Com efeito, a grande misericórdia de Deus, que quer a salvação de todos os homens, e a ternura de Jesus para com as crianças, o levaram a dizer: “Deixai as crianças virem a mim, não as impeçais” (Mc 10,14), nos permitem esperar que haja um caminho de salvação para as crianças mortas sem Batismo. Eis por que é tão premente o apelo da Igreja de não impedir as crianças de virem a Cristo pelo dom do santo Batismo.

Como podemos perceber não há nada citando algo semelhante ao que foi dito pelo irmão Pastor.Muito pelo contrário!!!

Sobre a Fé e obras

S. Paulo: "Manda... que se façam ricos em boas obras" (1Tim 6,18). E ainda: "Deus retribuirá a cada um segundo suas obras" (Rom. 2, 6). Em "boas obras", porque, completa S. Tiago, "o homem é justificado pelas obras e pela fé" (Tgo 2, 24) ou pelas obras que nascem da fé, porque a "fé sem obras é morta" (17) e só uma fé viva pode dar a vida.

É pois bem claro que o homem é salvo pelas boas obras nascidas da fé, e não pelas "obras da lei", ou simples execução material daquilo que é mandado pela lei

As boas obras são feitas para agradar a Deus por amor e são as conseqüências da verdadeira fé, posta em prática.

Diz ainda S. Paulo sobre a diferença entre obedecer a "Lei das Obras", que não tem valor, mas a lei posta em prática pela fé: "Porquanto nós sustentamos que o homem é justificado pela fé, sem as obras da Lei. (...) Então eliminamos a Lei através da Fé? De modo algum! Pelo contrário, a consolidamos" (Rom 3, 28 - 31)

E mais, se não fossem necessárias "boas obras", mas apenas a Fé (segundo a tese protestante), acaba-se justificando que uma pessoa pode levar uma vida de pecado, bastando ter fé para ser salva. Diz S. Paulo: "Que diremos então? Que devemos permanecer no pecado a fim de que a graça atinja sua plenitude? De modo algum!"(Rom 6, 1-2).

Um pecador, com fé, deve pedir perdão de seus pecados e mudar de vida, conforme nos manda Nosso Senhor: "Ide e não peques mais!"

"Nem todo aquele que me diz 'Senhor, Senhor' entrará no Reino dos Céus, mas aquele que pratica a vontade de meu Pai que está nos céus" (Mt. 7, 21). Ora, o que é essa "pratica" da "vontade de Deus" se não as "boas obras"?

S. Tiago (2, 14 - 26): 14 - De que serviria, meus irmãos, dizer alguém que tem fé, se não tem obras? Porventura poderá a fé salvá-lo? (...) 17 Assim também a fé, se não tiver obras, em si própria, está morta. (...) 21 Abraão, nosso pai, não foi, porventura, justificado pelas obras, oferecendo seu filho Isaac sobre o altar? 22 Já vês que nele a fé cooperava com as obras, e pelas obras foi consumada a fé. 24 Vedes, pois, que o homem é justificado pelas obras; e não pela fé somente. 26 Porque, assim como seu o espírito o corpo está morto, morta é a fé sem as obras".

"Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte. Nem se acende uma lâmpada e se coloca debaixo do alqueire (pequeno móvel), mas no candelabro e assim ela brilha para todos os que estão na casa. Brilhe do mesmo modo a vossa luz diante dos homens, para que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem vosso Pai que está nos céus". (Mt 5, 14-16)

O homem deve dar glória a Deus na terra através de suas obras. Podendo fazer obras, e não as fazendo, peca o homem contra Deus e não se justifica pela Fé, visto que sua Fé é morta ao não produzir os frutos esperados: "Outra parte [das sementes], finalmente, caiu em terra fértil, germinou e deu fruto ao cêntuplo." E dizendo isso, exclamava: "Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!" (Lc 8, 8).